sábado, 6 de junho de 2020

A Droga da Obediência é o primeiro livro da série Os Karas e foi escrito autor brasileiro Pedro Bandeira. Os livros seguintes são: A Droga do Amor; Anjo da Morte; Pântano de Sangue e Droga de Americana.


Os Karas, formado inicialmente por Miguel (o líder), Magrí, Calu e Crânio (alunos do Colégio Elite), é quase que uma organização secreta e irão ter que lidar com uma situação pavorosa: crianças de vários colégios começaram a desaparecer e ninguém sabe o porquê.

Como uma devida organização secreta, os Karas têm um esconderijo secreto, porém Chumbinho, um menino mais novo do que os do grupo, acabou descobrindo o espaço dos estudantes. Vendo que o garoto não iria desistir de entrar na turma secreta, Miguel fez um falso ritual de iniciação e disse que ele estava dentro. Pensando que iria se livrar do menino facilmente, o líder deu a ele missões fáceis, apenas para enganá-lo. E assim estava formado Os Karas.

Com as informações obtidas, o grupo descobriu que estavam sumindo três crianças de cada colégio particular da cidade São Paulo. Os estudantes desaparecidos tinham porte de atleta ou eram inteligentes, como se tivessem sido escolhidos exatamente por isso.

E uma hora o pior aconteceu: um aluno do Colégio Elite também desapareceu. Seu nome era Bronca. No dia do seu desaparecimento, Chumbinho disse que o viu muito calmo e esquisito, como se estivesse hipnotizado ou sendo submisso a alguém, o que era muito estranho, já que ele era o garoto mais esquentado de toda a escola. Com isso, os Karas pensaram em algo. Bronca só estaria agindo assim porque estava sob efeito de alguma droga. Mas que droga era essa e quem estava a dando para os alunos das diversas escolas?

Em missão dada por Miguel, Chumbinho tenta se aproximar de Bino, aluno novo da escola, para obter informações ou descobrir se ele sabia de alguma coisa. Mas o menino descobre que Bino é quem está distribuindo as drogas. Sem escapatória, Chumbinho finge ir ao banheiro e deixa uma mensagem para que o resto do grupo dos Karas saiba o que está acontecendo.

Já Miguel, Magrí, Calu e Crânio têm a missão de ir à casa de cada desparecido e fazer perguntas. Miguel é pego pelo policial Andrade, que estava investigando o caso e foge. Já os outros não conseguiriam terminar essa função. Eles falaram que nem todas as famílias existiam nos endereços que tinham. Após ligar esse fato à mensagem que Chumbinho deixou no banheiro, eles descobrem que Bino está envolvido nisso e que ele se matriculou em todos os colégios onde desapareceram as outras crianças.

Os Karas tinham que agir rápido, pois Bino já deveria estar se matriculando em outra escola e logo iria pegar outra vítima. Disfarçados, os quatro se infiltram em colégios diferentes e tentam descobrir em qual deles Bino estaria.

Após o sequestro, Chumbinho descobre que está na empresa Pain Control e que testes são feitos nos estudantes que tomaram a droga e sumiram. Vendo que não sairia daquela situação sozinho, ele encontra Bronca e faz com que ele não tome a droga. Ao descobrir onde estava, o menino ficou descontrolado, levou um tiro dos funcionários e acabou morrendo. Chumbinho viu que aquela seria a oportunidade para dar um recado aos Karas: pegou seu curativo e colocou no dedo de Bronca e dentro dele estava uma mensagem: o bioquímico Márius Caspérides era a solução.

Márius Caspérides era o bioquímico responsável pela droga que os alunos desaparecidos estavam tomando. Denominada "droga da obediência", ela tinha o poder de fazer com que qualquer um pudesse ser controlado. Porém, Caspérides não tinha o objetivo de fazer testes em crianças e ao descobrir o que era feito na Pain Control, ele fugiu. Na sua fuga, ele foi perseguido por três capangas e para despistá-los aproveitou que em seu caminho um banco estava sendo assaltado e mentiu falando que ele era Zé Silva, o assaltante.

Ainda na missão de encontrar Bino, Miguel descobre que está na escola certa e fica de cara com ele e acaba sem escapatória. Ele é levado até onde os raptados estão.

Calu vai até a delegacia atrás de Zé Silva, o bioquímico que Chumbinho avisou. Após uma conversa com ele, o policial Rubens entra na sala e disse que ouviu tudo e estava disposto a ajudá-los. Mas o que ninguém sabia era que ele era o policial infiltrado. Rubens coloca o bioquímico e o menino no camburão e vai direto à sede da Pain Control.

Magrí e Crânio vão à casa de Caspérides, mas ele não é encontrado. Porém, dois bandidos estão lá e conversam. Ao ouvir, os alunos descobrem que há um policial infiltrado e que estava ajudando no desaparecimento. Ambos acharam que seria Andrade, entretanto ao chegarem à delegacia descobrem que Rubens fugiu com Calu e Caspérides. Para salvá-los, os três seguem os bandidos que estavam na casa do bioquímico.

Para fugir, Miguel e Chumbinho tentam despistar os funcionários. Já Calu e Caspérides fazem fumaça para fingir um incêndio e chamar a atenção dos bombeiros. Quando os bombeiros chegam, o policial Andrade chega com Magrí e Crânio.

Todos os funcionários envolvidos nessa experiência da Pain Control são presos, mas a identidade do Doutor Q.I. ainda era um mistério. Miguel lembrou de uma conversa que teve com o professor Cardoso, diretor do Colégio Elite, e logo percebeu que ele tinha as mesmas ideias e pensamentos que a misteriosa mente por trás daquilo tudo. Logo, o diretor foi preso.

"Eu só entendo que a minha capacidade de criticar tudo o que ouço e vejo e a minha capacidade de contestar tudo o que descubro de errado é o que fazem de mim um ser humano! É a minha capacidade de desobedecer que faz de mim um homem!" (Miguel para o Doutor Q.I.)

O livro termina com Miguel questionando suas ações enquanto líder dos Karas. Durante a investigação sobre os desaparecimentos, ele teve atitudes autoritárias, que quase custaram a vida de seus amigos. Era preciso que ele mudasse seus atos para não virar alguém como o Doutor Q.I.

Opinião:

★★★★✩
O livro de Pedro Bandeira é uma ótima indicação para crianças e adolescentes. O texto é claro e objetivo. A leitura é rápida e conta com diversos pontos de vista. Os personagens são cativantes e envolventes. Porém, em alguns momentos umas coisas não foram tão explicadas, como a maneira que os Karas conseguiram algumas informações. Além de ser uma boa história, A Droga da Obediência é uma crítica à ditadura e ao controle de pensamento e de atos da população. 

Título: A Droga da Obediência 
(Coleção os Karas)
Autor(a): Pedro Bandeira 
Editora: Moderna
Gênero: aventura, policial
Público: infanto-juvenil
Páginas: 192
Livro físico: R$42,90

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